Feira de Troca



Semana de Educação, Ciência e Tecnologia (Secitec)
IFG – Câmpus Anápolis
15 a 17 de outubro de 2013


1ª Feira de troca solidária do IFG – Câmpus Anápolis


Você produz algum bem ou serviço ou tem alguma coisa em bom estado que não utiliza mais? Alguém pode estar precisando disso e pode ter algo que interessa a você. Vamos trocar?

         A FEIRA DE TROCA SOLIDÁRIA é uma tecnologia social muito utilizada na economia solidária, um movimento crítico ao capitalismo baseado na ideia de que a economia deve ser inclusiva e atender às necessidades das pessoas/comunidades. Na economia solidária valoriza-se o trabalho, não o capital, e busca-se fazer circular bens e serviços, não concentrar riqueza nas mãos de poucos. Por essas razões, ela é um grande instrumento de desenvolvimento local.
         Com esta disposição, estamos organizando a 1ª Feira de troca solidária do IFG – Câmpus Anápolis, uma experiência de aprendizado que mostra ser possível a atividade econômica ocorrer mesmo sem a circulação de moeda oficial (reais). Assim, se você quer praticar economia solidária e tem algo (bem ou serviço) a trocar, inscreva-se. Mas lembre-se de algumas regras básicas:
        
         1ª) Entrar no espírito da experiência e entender que a troca é a essência da economia. Troque!
        
         2ª) Jamais vender um bem ou serviço por moeda oficial (real). Trata-se de um clube de trocas, não de vendas;
        
         3ª) Somente oferecer bens em bom estado de conservação e funcionamento;
        
         4º) Honrar os serviços trocados na feira;
        
         5º) Entender que a economia serve às pessoas e que só há crescimento econômico qualitativo se a atividade econômica for inclusiva e justa.

A 1ª Feira de Troca Solidária do IFG – Câmpus Anápolis fará parte da programação da SECITEC 2013 e ocorrerá no dia 17 de outubro, das 16 às 21 horas.



Dúvidas? Vamos lá...

1. O que eu posso trocar? Qualquer serviço que você realize ou bem que você tenha em bom estado e de que não necessite mais. Os serviços podem ser ensinar algo (música, matemática, história, culinária...), cortar cabelo, fazer unha, consertar eletrodomésticos ou carros, costurar, cozinhar, limpar, contar histórias, cuidar de crianças/idosos etc. Os bens podem ser tanto algo que você mesmo faça (bombons, pães, roupas, bijuterias etc.) ou que você possua e não necessite mais, desde que esteja em bom estado, tais como roupas, sapatos, livros, cds, dvds, móveis, utensílios domésticos, eletrodomésticos etc.

2. Como a troca é feita? Pode ser direta, produto/bem X produto/bem, o que chamamos de escambo, ou, o que é mais comum, utilizando uma moeda social. Uma moeda social é uma moeda substituta da moeda oficial que só tem valor e circulação dentro da feira. Ela facilita as trocas já que posso gostar de um bem oferecido por alguém que, por sua vez, não goste de nada que eu tenho a oferecer. Assim, a moeda permite que eu adquira esse bem e a pessoa, como a moeda social que recebeu, a troque por algo útil com uma terceira pessoa. E a economia local circula. Ela executa a função original que uma moeda deve ter numa economia, qual seja, a de facilitadora no processo de troca. Com um ganho adicional: ela não oferece vantagem em ser acumulada, portanto, não serve à especulação.

3. Basta chegar e trocar?

Não. Antes é preciso que você faça sua inscrição para a Feira. Ela pode ser feita pessoalmente, na Gepex do Câmpus Anápolis, ou pelo nosso blog (secitec2013.blogspot.com.br), até o dia 16 de outubro. Anotaremos nome, dados pessoais, telefone de contato e o tipo de produto que será trocado.

4. Pago algo para me inscrever? Não, a inscrição é gratuita. Ao chegar à feira, você poderá trocar alguns de seus bens/produtos no Caixa Solidário, de modo a adquirir IF$ (nossa moeda social) para fazer suas trocas.

5. Preciso trocar ou posso vender meus produtos em reais? Não é permitida a venda de bens ou serviços por reais dentro da feira. A feira é justamente uma experiência em que se pretende desmistificar algumas das dinâmicas mais arraigadas e naturalizadas da economia capitalista, como a de que sem moeda-dinheiro não há atividade econômica, tornando-nos dependentes dela, de modo que só faz sentido utilizar a moeda social ou fazer a troca direta (escambo).

6. Quanto valerá o IF$? Para facilitar a conversão, trabalharemos com a equivalência R$ X IF$, ou seja, IF$ 1,00 = R$ 1,00.

7. Quanto custarão os meus bens e produtos? Cada participante definirá o valor em IF$ de seus bens e serviços. Lembre-se de que a finalidade é a troca. Não interessa a ninguém voltar para casa com os mesmos bens que trouxe para a feira. Assim, deve-se colocar um valor justo mas atrativo, caso contrário seu bem ou serviço ficará “encalhado”.

8. Sou obrigado a trocar tudo o que levei para a feira? Não. A troca é uma dinâmica em que ambas as partes, em comum acordo, saem favorecidas. Ninguém é obrigado a trocar nada, apenas se a troca for favorável. No entanto, todos devem participar movidos pelo ideal da troca.

9. Como troco um serviço se ele não será realizado ali na feira? Os serviços oferecidos na feira serão convertidos em vales. Ao adquirir um serviço, você receberá um vale (exemplo: vale um corte de cabelo) e deverá apresentá-lo à pessoa que o vendeu no momento da prestação do mesmo.

10. Posso acumular IF$? Isso não terá nenhuma serventia a você já que o IF$ só tem valor como facilitador de trocas dentro da feira e nada vale fora dela. Troque; não acumule.

11. O que faço com os IF$ que ficarem comigo ao final da feira? Do mesmo modo que, ao chegar à feira, o Caixa Solidário trocou alguns de seus produtos e serviços por IF$, ao final dela, em horário pré-determinado, você deverá trocar os IF$ ainda em seu poder pelos bens e serviços que o Caixa adquiriu no início da feira. Não guarde IF$; eles não têm valor fora de feira.


Em caso de outras dúvidas, procurem-nos na Gepex ou pelo telefone 3310-2819/2811.

Clique aqui e faça o download das normas da Feira de Troca Solidária.

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